terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Don't worry, be happy

Um dos aspectos que revelei querer melhorar em 2015 está relacionado com a gestão do stress. E isto, no meu caso, não se aplica exactamente ao contexto do trabalho mas à minha vida em geral. Eu sou uma pessoa extremamente ansiosa e detesto. Detesto porque é muito desgastante e detesto porque não me faz bem. Gostava que certas coisas não mexessem tanto com o meu sistema nervoso, seja porque não merecem ou porque não devem interferir tanto. Houve uma altura na minha vida em que, durante um ano, tomei medicação para me ajudar nisto. Tive uns ataques de ansiedade, numa altura talvez mais difícil de gerir (e digo talvez porque às vezes nem dá para perceber o que causa tanta ansiedade). Não sei muito bem o que dizer dessa fase, mas ajudou-me nisto. No entanto, ainda acho que a principal ajuda que podemos ter vem de dentro, vem de nos reeducarmos e é sobretudo nisso que tenho vindo a trabalhar desde que admiti que tenho uma péssima gestão de ansiedade. E acho que nisto sou a minha melhor ajuda.

É claro que há coisas que não devem ser relativizadas, e devemos enfrentar os nosso problemas mas é desgastante quando certas situações, mesmo que pequenas, interferem em demasia. Assim mais relacionado com trabalho, lembro-me de uma vez em que tive o azar de num Domingo à noite ir espreitar o email do trabalho no telemóvel (só porque sim) e de nessa noite ter tido muita dificuldade em dormir com a preocupação do dia seguinte, por ter o assunto X e Y para tratar. A partir desse dia não voltei a consultar o email do trabalho ao fim-de-semana (a não ser que tivesse que ser, o que não foi o caso). Falando de outra situação, recentemente, como cheguei a falar aqui, estive a tratar da compra de uma casa e todo esse processo, a sua demora e a incerteza foram motivo de ansiedade e de agitação e é claro que eu gostava de levar as coisas com mais leveza. Da mesma forma que fico enervada se as coisas não correm como eu queria. O B diz muitas vezes “Não coloques tanta pressão em ti mesma”. Tento mentalizar-me disso e, de facto, sinto e vejo que tenho vindo a melhorar imenso. Sinto porque é algo interior mas também vejo (e os outros também vêem) porque também interfere com o meu estado de espírito e humor. Quanto ando mais preocupada, dou por mim embirrante, sem paciência e a responder mais torto sem ser caso disso. E esta é das consequências que mais detesto porque se torna injusto e porque eu não sou nem quero ser assim. Eu não sou embirrante e detesto isso, da mesma forma que não gosto de falar mal só porque estou sem paciência. Já melhorei imenso e acho que muito se deve ao facto de eu ser uma pessoa que tenta sempre pensar positivo. E isso reforça o meu equilíbrio. E além disto há alguns truques que tenho tentado por em prática e que vão resultando comigo. Identificar o que me está a causar ansiedade e tentar perceber o que posso fazer para resolver, reflectir sobre os meus problemas e dimensionar a sua gravidade e se não está nas minhas mãos, tentar relativizar, é importante. E com isto, acho mesmo que assim tenho conseguido tirar muita pressão de mim própria e tenho aprendido a gerir melhor o stress.

E se houver por aí mais alguém com dificuldade em gerir a sua ansiedade, fica o pensamento do dia:


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